domingo, junho 28




Sim, ele entristeceu, mesmo diante da platéia
Seu corpo, ávido para o espetáculo
Não houve ruptura ao movimento
Seus olhos acharam seus negros cabelos
Lá estava ela em meio a uma multidão, lúgubre talvez
Saiu do palco
Não por medo, ou insegurança de vê-la
Mas por medo de saltar e levar sua paixão para longe dali
Passou pelo camarim e por diretores
Roteiristas e figurantes não acreditavam
Havia deixado o espetáculo no auge da cena
Enquanto diretor e sua equipe teatral formulavam qualquer explicação
Corria o talento entre as escadas
Não pode conter as lagrimas e o ódio
Sapatos negros oprimidos pela vestimenta xadrez
Na verdade uma calça e um terno
Formavam cubos em branco-amarelos e pretos
Um pequeno chapéu seguia uma cor madeira
Chegou ao final da rua
Não havia nem mesmo um ladrão ou mendigo
A lua era calma
Sentou-se, era um bom ator...
Chorou, pela impotência que se alastrava
Era seu amor diante de seus olhos
O silencio calou
E a reflexão tomou conta das lágrimas