domingo, setembro 14

Dos que tragicamente conformam-se



Escrevo em linhas retilíneas palavras um tanto quanto discretas
Ao passo que as explosões de fogos na esquina nao são festivas
A inspiração descompromissada gera frutos maduros
Ao passo que a mecânização de inteligência gera padrões de desformidade
A influência externa de fatores, tão internos quanto podemos imaginar, apodrece minha capacidade argumentativa!
Objetivos que nao condizem com a minha raiz fundamental, que dilaceram meu coração, que impedem o fluxo de indagações.
Arrojamento nas atitudes nao são relativamente novos se comparados aos do passado!
Socialmente nulo!
Estéticamente imperceptível!
Ideológicamente repugnate!

Esses são os seres da contemporaneidade!

Dos Que Nao Falaram


Talvez nem quisesse que fosse desse jeito...
Talvez sempre tenha sido
E de fato não passou de memória.
A água agora bate gelada vindo dos ventos do norte
Estranho, e, contudo instigante.
A água não congela
Mas a dor ainda não passa
E os pássaros voam em décadas futuras
Passando de futuro a passado
Brisa em tempos de fé
E agora nada mais importa
Eu mesmo me escondi
Eu mesmo me esquivei
E ninguém realmente estava aqui
Escutando os murmúrios...

sexta-feira, setembro 5


Ao conectar-se me vejo em ilusão
Por não me ver nisso, não me enquadro.
Água correndo em tubos, pequenos, insignificantes...
Já não tenho pena de mim como meu coração
Criando totens de ambigüidade serena desse caos
Transformação eterna ao que se vê.
Egocentrismo em atrito com solidariedade
E quando a noite cai ainda me lembro que sou ser de carne, de pedra.
Os cachos me enrolam, minha mente flui em desarmonia.
O universo não conspira
O mundo não se revela
E a semente não brota
Agora em pedras escorregadias me encontro
Torturando-me nesse mar de calma
Entre paz e agonia.